No primeiro dia como ministra, Gleisi reúne líderes de partidos de esquerda

BRASÍLIA - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, promoverá um almoço nesta terça-feira (11) com alguns líderes da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados. Este será o primeiro compromisso oficial da petista à frente da articulação política do Planalto.

O encontro, previsto para às 12h30 no gabinete da ministra, no Palácio do Planalto, deve contar apenas com líderes de partidos de esquerda e centro-esquerda. Estarão presentes os deputados Mário Heringer (PDT-MG), Pedro Campos (PSB-PE), Márcio Jerry (PcdoB-MA), Luciano Amaral (PV-AL), Talíria Petrone (Psol-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Na última segunda-feira (10), pouco antes de tomar posse, Gleisi já tinha se reunido com os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Há a expectativa de que, nos próximos dias, a ministra também comece a receber lideranças de partidos mais ao centro e do Centrão que também compõem a base do governo Lula, mas ainda não há previsão de quando isso deve acontecer.

Gleisi Hoffmann, que tem mandato de deputada federal e foi a presidente do PT nos últimos sete anos, assume a articulação política do Planalto com o desafio de reduzir as instabilidades que marcam a relação entre governo e Congresso desde o início do atual mandato de Lula.

Sua nomeação foi recebida com receio entre setores ao centro devido ao estilo combativo que imprimiu enquanto presidente do PT. Além disso, compõe uma ala petista que possui ressalvas à atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobretudo medidas de cunho mais fiscalista propostas por ele. No entanto, ao ser empossada, fez afagos ao chefe da equipe econômica.

O cargo agora ocupado por Gleisi era cobiçado por partidos de centro, que defendem que Lula não seja rodeado apenas por petistas no Palácio do Planalto. Um dos cotados para a pasta era o deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que acabou preterido em prol da petista.