REFORMA MINISTERIAL

Márcio Macêdo pode ser indicado para chefiar o Ibama após críticas de Lula ao órgão  r283f

Ministro da Secretaria-Geral já estava na mira da reforma ministerial de Lula 31113m

Por Ana Paula Ramos
Atualizado em 13 de fevereiro de 2025 | 16:54
 
 
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, ou a ser cotado para assumir o Ibama, depois das críticas do presidente Lula ao órgão Foto: Graccho/ASCOM/SGPR

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, pode ser indicado para assumir o comando do Ibama, no lugar de Rodrigo Agostinho, atual presidente do Ibama. Após as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao órgão, a informação ou a circular no Palácio do Planalto. 

O atual chefe da Secretaria-Geral já estava na mira da reforma ministerial estudada por Lula para dar espaço para a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Biólogo e filiado ao PT, Macêdo já foi superintendente do Ibama em Sergipe e secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos na gestão do então governador sergipano Marcelo Déda (PT). 

Na quarta-feira (12), o presidente demonstrou insatisfação com o Ibama por parecer contra a licença para pesquisa voltada à exploração de petróleo na chamada margem equatorial, uma faixa no litoral Norte do Brasil entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, também conhecida como Foz do Amazonas.    

“Não é que eu vou mandar explorar, eu quero que ele seja explorado. Agora, antes de explorar, nós temos que pesquisar. O que não dá é para a gente ficar nesse ‘lenga-lenga’. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, criticou. 

A Petrobras já apresentou dois pedidos de licenciamento para pesquisar se há petróleo na Foz do Amazonas e se é viável do ponto de vista econômico a exploração comercial. Em maio de 2023, o Ibama indeferiu a licença.  

Posteriormente, a empresa apresentou novamente o projeto, e em outubro de 2024, o Ibama solicitou o envio de ajustes e complementações. O órgão informou que o pedido da Petrobras ainda está em análise pela equipe técnica e que não há prazo para uma resposta.