BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou para a próxima quarta-feira (8) um ato simbólico para relembrar o aniversário de dois anos dos atos de 8 de janeiro de 2023, que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A previsão é que o evento aconteça pela manhã, no Palácio do Planalto.
O presidente espera que todos os 38 ministros do governo compareçam, após convocação feita por ele na reunião ministerial do dia 23 de dezembro. Alguns deles estarão formalmente de férias.
Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica também foram chamados, assim como os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Até esta sexta-feira (3), os dois parlamentares ainda não tinham confirmado presença.
Em 2024, Lula também promoveu um ato para relembrar o 8 de Janeiro, no Salão Negro do Congresso Nacional, que reuniu chefes dos Três Poderes, além de governadores e outras autoridades. Na ocasião, o evento teve como lema “Democracia Inabalada” e ocorreu sem a presença de Lira.
No mesmo dia, acontece um segundo ato, organizado pelo PT, na Praça dos Três Poderes, que também deve ter a participação do presidente da República. O foco da manifestação será pedir que o Congresso não vote o projeto de lei que anistia os presos pelos 8 de Janeiro, chamado de “PL da Anistia”.
No entanto, parlamentares de oposição pressionam pela votação da proposta, que esteve na mesa de negociações pelo apoio ao deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), franco favorito a vencer a eleição para o comando da Câmara, em fevereiro. A atual cúpula da Casa avalia que o texto tem possibilidades de avançar em 2025.
A proposta perdeu força, principalmente, após o atentado a bomba que ocorreu em frente ao STF, no dia 13 novembro, quando um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz morreu após detonar explosivos na Praça dos Três Poderes.