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Lula encerra Cúpula Social com cobrança por taxação de super-ricos e indireta contra escala 6X1
Presidente Lula também tratou de questões climáticas, da COP30 na Amazônia e das desigualdades econômicas no encerramento da Cúpula Social neste sábado (16)
BRASÍLIA — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a Cúpula do G20 Social neste sábado (16) com uma declaração que repete cobranças feitas por ele desde o início do mandato. Ele tratou sobre questões climáticas, cobrou a taxação dos super-ricos, criticou a falta de representatividade no Conselho de Segurança das Nações Unidas e incluiu um último tema no repertório: as jornadas desgastantes de trabalho.
Lula citou indiretamente o debate gerado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (Psol-SP) para pôr fim à escala 6X1. "O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas", afirmou. "Precisa preservar o espaço público, para que o extremismo não gere retrocessos nem ameace direitos", completou.
A cúpula encerrada neste sábado é um encontro paralelo à reunião de líderes das 19 principais economias do mundo, da União Europeia e da União Africana. A conferência concentrou discussões sobre questões sociais e reuniu a primeira-dama Janja Lula da Silva e os ministros Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral, Mauro Vieira, das Relações Exteriores, Fernando Haddad, da Fazenda, e Margareth Menezes, da Cultura.
O encontro resultou na produção de um documento entregue ao presidente Lula e que trata do combate às desigualdades, à pobreza e desafios sobre saúde, educação e direitos humanos.
Na cerimônia de encerramento, o presidente tornou a tratar sobre esses temas e da questão geopolítica. "[O G20] precisa se comprometer com a paz, para que rivalidades geopolíticas e conflitos não nos desviem do caminho do desenvolvimento sustentável", disse. Lula também declarou que o neoliberalismo agravou as desigualdades econômicas e políticas.
Sobre a questão climática, ele citou que a COP30 será a oportunidade de o mundo ouvir o que os povos amazônicos têm para dizer. "Todo mundo fala da Amazônia. Agora chegou a hora da Amazônia falar para o mundo o que nós queremos. As pessoas têm que saber que embaixo de cada copa de árvore tem um ser humano, um pescador, um seringueiro, um indígena, um trabalhador rural, um extrativista... Esse povo tem que comer. Os países ricos têm que ajudar a financiar a proteção da nossa floresta", declarou. A COP30 ocorrerá em 2025 e será sediada em Belém.