CONGRESSO NACIONAL

Do Val apresenta candidatura e disputará presidência do Senado com Alcolumbre, Girão e Astronauta

Marcos do Val é filiado ao Podemos; no início do mês, o líder Carlos Viana liberou a bancada para votar como preferisse na eleição do próximo sábado (1º)

Por Lara Alves
Publicado em 27 de janeiro de 2025 | 20:18

BRASÍLIA — A corrida pela presidência do Senado, cargo que dá direito a liderar o Congresso Nacional, ganhou um quarto competidor: Marcos do Val (Podemos-ES).

Ele disputará a cadeira do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição que acontecerá no sábado (1º) e enfrentará Eduardo Girão (Novo-CE), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e o favoritíssimo Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) — apoiado por sete bancadas, além do próprio partido. 

A candidatura de Do Val não era aguardada, e ele não era a primeira opção do Podemos para uma candidatura própria. 

O partido ventilou a possibilidade de apresentar a candidatura de Soraya Thronicke (Podemos-MS), mas desistiu em prol de Alcolumbre — ainda que o líder senador Carlos Viana (Podemos-MG) tenha liberado a bancada para cada um votar como preferisse. 

O nome de Girão é visto como uma alternativa para os senadores de oposição e ligados à direita que decidam não votar em Alcolumbre, contrariando a orientação do PL, principal partido do campo no Senado Federal e que negociou apoio ao político do União Brasil.

É nesse cenário que a candidatura independente do Astronauta Marcos Pontes gerou rixas internas na sigla e o indispôs publicamente com Jair Bolsonaro, principal representante do PL. 

Derrotado por Rodrigo Pacheco na última eleição para a presidência do Senado, o PL optou por negociar apoio a Alcolumbre em troca de bons cargos na Mesa e nas comissões.

A decisão deve render a primeira vice-presidência ao PL na nova configuração com Alcolumbre presidente. Políticos do Partido Liberal consideraram a atitude de Pontes desrespeitosa com a orientação da bancada. 

Alcolumbre angariou os apoios de oito bancadas: União Brasil, PSD, MDB, PT, PL, PP, PDT e PSB. Esses partidos representam 69 dos 81 senadores; ganha a eleição quem obtiver o maior número de votos. A eleição é secreta.