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Deputados votam para continuar processo de cassação de Glauber Braga por chute em integrante do MBL
Conselho de Ética aprovou, nesta quarta-feira (11), por 10 votos a 2, a continuidade do processo que pode levar à cassação do deputado do Psol
BRASÍLIA — Os deputados do Conselho de Ética votaram, nesta quarta-feira (11), pela continuidade do processo que pode levar à cassação do mandato de Glauber Braga (Psol-RJ). O parlamentar é alvo de denúncia do Partido Novo por expulsar da Câmara dos Deputados um integrante do MBL a chutes e empurrões.
Na sessão desta quarta-feira, os deputados votaram pela issibilidade do parecer preliminar do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que se manifestou pela continuidade do processo.
O Partido Novo protocolou a denúncia contra Braga no Conselho de Ética alegando quebra de decoro. Em 16 de abril, o deputado expulsou Gabriel Costenaro, integrante do MBL, da Câmara dos Deputados.
Registros feitos no dia mostram o deputado do PSOL chutando e empurrando o blogueiro até a saída do prédio. Do lado de fora do prédio, Glauber foi contido por outras pessoas. Policiais legislativos estiveram no local para controlar a situação e chegaram a abordar o deputado do PSOL.
Antes do empurra-empurra, o integrante do MBL percorria gabinetes em lobby contra um Projeto de Lei (PL) que impacta motoristas de aplicativo. O homem chegou a comparecer ao gabinete do deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que ficou conhecido por ser um dos fundadores do MBL. E, no fim, Kim também se envolveu na confusão.
Em outro vídeo gravado já no departamento policial da Câmara, Kim diz ter sofrido uma tentativa de agressão por parte de Glauber. Na gravação, é possível ouvir o deputado do PSOL se referindo ao oponente como "defensor do nazismo". Após a situação, Glauber se manifestou por meio de uma nota oficial.
"Esse sujeito do MBL tem histórico de agressão a mulheres. É a 5ª provocação dele! Na 4ª vez ele ameaçou a mãe de um militante nosso com mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava. Já existe boletim de ocorrência sobre isso! Não me arrependo de nada do que fiz! Não vou recuar pra facista de MBL!”, disse, em referência a Costenaro.
Glauber fala de armação contra ele
Em 28 de agosto, o deputado Glauber Braga chamou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de “bandido” em sessão do Conselho de Ética. O relator do caso, Paulo Magalhães, defendia o avanço do processo no colegiado, quando Glauber declarou que o relatório “deveria ter a de Arthur Lira”.
De acordo com o parlamentar, houve uma “armação” para que o caso dele fosse analisado no mesmo dia do pedido de cassação contra o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).
Ele completou ainda que Lira “trabalhava há bastante tempo” para tirá-lo da Câmara, e que "seria mais digno” se tivesse a do presidente da Casa legislativa no relatório”. O presidente da Câmara nunca respondeu a essas acusações.
“Esperavam, com essa ameaça, que eu iria ficar agradando deputado e pedir a benção ao senhor Arthur Lira. Não vou. Não vou pedir benção ao Arthur Lira, não vou pedir desculpas ao MBL, que é uma organização criminosa. Se precisa de alguém no exercício do mandato parlamentar para dizer isso, eu estou aqui para fazê-lo”, disparou na época.