ELEIÇÃO NO SENADO

Adversárias de Alcolumbre, senadoras encontram Lula por apoio à candidatura para sucessão de Pacheco

Eliziane Gama e Soraya Thronicke costuram apoio para chapa conjunta que disputará presidência do Senado

Por Lara Alves
Atualizado em 21 de agosto de 2024 | 13:17

BRASÍLIA - Interessadas na sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Congresso Nacional, as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) estiveram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite de terça-feira (20), no Palácio do Planalto, para construir apoio à candidatura feminina na eleição.

A disputa acontecerá no início da próxima legislatura, em fevereiro, quando se encerra o mandato de Pacheco à frente das presidências do Senado Federal e do Congresso Nacional. Em 2024, o Senado brasileiro completou dois séculos de existência, e, ao longo desse tempo, a Casa nunca foi presidida por uma mulher.

O encontro articulado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é mais um o da campanha das senadoras em busca de opositores a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o favorito na disputa. O atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado mais importante do Senado, é apoiado por Pacheco.

Ainda em março deste ano, a senadora Eliziane Gama deu início à articulação. A candidatura foi impulsionada após um encontro entre os líderes do Senado e o presidente Lula; uma fotografia destacava Eliziane como a única mulher entre os 19 homens presentes no jantar - sua presença se deu em razão de seu papel como líder da bancada feminina.

A chapa conjunta construída com Thronicke, que é apoiada pelo próprio partido, foi bem avaliada pelo presidente Lula nessa terça. Na reunião, o petista ponderou que não interferirá nas eleições para as presidências do Senado e da Câmara, mas, disse ver com "simpatia" a participação das mulheres na disputa pela Casa Alta, segundo interlocutores.

A campanha das senadoras continua na próxima semana, quando Eliziane e Soraya visitarão as bases eleitorais de colegas parlamentares na região Nordeste do país. Até o momento, não há definição sobre qual das duas será, de fato, a candidata adversária de Alcolumbre na eleição. Entretanto, há um acordo firmado entre elas: a senadora que conseguir mais apoios partidários será a candidata.