Cotado como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) será recebido ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (12 de junho), na sede das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), com afagos de prefeitos do interior do Estado.
Ao menos trinta e uma faixas de agradecimento ao “senador Rodrigo Pacheco”, assinadas pelos municípios, foram penduradas em gradis posicionados logo depois da entrada da CeasaMinas. A companhia sedia a entrega de 318 máquinas agrícolas a prefeituras por meio de um programa do Ministério da Agricultura e Pecuária e idealizado pelo próprio senador.
Oito das 31 faixas, que têm o mesmo padrão de construção, são assinadas por cidades do Sul e do Sudoeste de Minas, redutos eleitorais de Pacheco e onde está os, cidade em que o senador foi criado. Estão presentes em faixas as cidades de Lambari, Juruaia, Itajubá, Guapé, Fortaleza de Minas, Fama, Coqueiral e Delfinópolis.
O diretor presidente da CeasaMinas, Hideraldo Henrique (sem partido), é uma indicação de Pacheco ao governo Lula. À frente da companhia desde dezembro de 2024, Hideraldo é ex-prefeito de Boa Esperança, Sul de Minas, e aliado dele desde quando o senador era deputado federal e o ex-prefeito, secretário de Saúde. Na época, ambos eram filiados ao MDB.
O Aparte questionou à CeasaMinas de quem foi a iniciativa de pendurar as faixas de agradecimento a Pacheco e aguarda retorno. Tão logo a companhia se manifeste, o posicionamento será acrescentado. O espaço segue aberto.
Mais cedo, em agenda em Mariana, também na região metropolitana de Belo Horizonte, Lula se referiu a Pacheco como “futuro governador” ao defender a distribuição gratuita de gás. “Futuro governador, imagina uma coisa: você acha que é normal a Petrobras entregar gás a R$ 37 e chegar para os consumidores a R$ 140?”, disse Lula.
Apesar de não ser a primeira vez que Lula faz coro a uma eventual candidatura de Pacheco ao governo de Minas, o senador estaria reticente à ideia. Interlocutores do ex-presidente do Congresso Nacional ponderam que Pacheco, que recusou um convite para ser ministro, deve se decidir apenas quando o rumo dos partidos para 2026 estiver mais claro.
Ao jornal O Estado de S. Paulo no último mês de março, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), revelou que ele e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), convidaram Pacheco para se filiar ao União. Além do partido formado pelos extintos DEM e PSL, o senador também foi convidado pelo MDB para retornar à legenda.