O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reagiu às críticas feitas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), sobre a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) durante o atual governo. Zema classificou as declarações do ministro como "totalmente descabidas" e "desconectadas da realidade".

Silveira criticou a venda das participações da Cemig em uma subsidiária, a Aliança Energia, e afirmou que isso provocaria prejuízos ao patrimônio da empresa e dos mineiros e poderia, inclusive, prejudicar o abatimento de dívidas do Estado com a União. Zema respondeu lembrando os investimentos já feitos na companhia.

"Fiquei muito surpreso e me causou grande estranheza a crítica à nossa Cemig. Acho que quem fez a crítica está totalmente desinformado. Nesta gestão, a Cemig está construindo 230 novas subestações, das quais mais de 120 já foram entregues. Em 70 anos de história, a empresa construiu 400 subestações. Portanto, estamos realizando um avanço extraordinário", disse Zema.

No evento em Ouro Branco, Zema falou antes de Silveira. Por isso, a resposta foi dada após o evento, em declaração feita aos jornalistas.

O governador destacou que, desde que assumiu o governo mineiro em 2019, a Cemig ou por uma transformação significativa. "Todos sabem que, entre 2015 e 2018, a Cemig literalmente não investiu nada, foi sucateada e virou um cabide de empregos. Em nossa gestão, o valor das ações do Estado na empresa já triplicou", ressaltou.

A troca de farpas entre Zema e representantes do governo federal evidencia a tensão política em torno da gestão da Cemig e dos investimentos em energia no estado de Minas Gerais.

Zema também criticou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusando-o de ignorar o período da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Lula havia desafiado o governador mineiro a listar obras ou investimentos realizados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para compará-los com as realizações dos governos petistas.