Uma idosa de 88 anos, recebeu seu diploma em Educação pela Universidade do Maine, nos Estados Unidos, neste ano, seis décadas após ter sido impedida de se formar. Joan Alexander, moradora de New Hampshire, não pôde concluir o curso em 1959 porque estava grávida de sua primeira filha e não foi autorizada a realizar o estágio docente obrigatório.

O reconhecimento acadêmico veio após sua filha Tracy entrar em contato com a instituição no início deste ano. A universidade determinou que o trabalho de Alexander como assistente em tempo integral em um programa pré-escolar no início dos anos 1980 satisfazia o requisito de estágio que faltava para sua graduação.

O reitor associado da Faculdade de Educação e Desenvolvimento Humano, Justin Dimmel, liderou a análise do caso com outros funcionários da universidade. "O compromisso em completar sua educação de graduação foi inspirador para mim, meus colegas e a turma de formandos de 2025", afirmou Dimmel.

A cerimônia de formatura ocorreu em 11 de maio. Alexander não pôde comparecer pessoalmente, mas foi representada por Tracy e sua neta Isabel Beck. "Eu não percebi que isso significaria tanto para mim, mas agora sinto que um buraco no meu coração foi curado", disse em comunicado divulgado pela universidade.

A nova graduada criou quatro filhas, frequentemente sozinha durante longos períodos enquanto seu marido servia na Guarda Costeira dos Estados Unidos. O casal atualmente vive em New Hampshire, na residência de uma das filhas.

Alexander é provavelmente a graduada mais velha na história da Universidade do Maine. Ela recebeu um bacharelado em ciências da educação, realizando um sonho de juventude interrompido pelas circunstâncias da época.

"Meus pais não completaram a faculdade, então isso era importante para mim. Meu marido e minhas quatro filhas têm seus diplomas universitários, então eu era a única entre meu marido e filhas que não havia recebido um diploma universitário. Isso me dá uma sensação de fechamento e realização", declarou Alexander.

Tracy, que representou sua mãe na cerimônia, expressou seus sentimentos sobre o momento. "Teria sido maravilhoso para minha mãe poder comparecer à formatura pessoalmente, mas estar lá com minha própria filha foi muito emocionante para mim", relatou ao New York Post.

A universidade informou que Alexander dedica-se ao voluntariado em sua comunidade, atuando em sua igreja, na biblioteca local e ocasionalmente em uma escola primária da região.