A morte do policial civil Alexandrino Guilherme Ferreira Júnior, de 40 anos, que faleceu ontem após um engavetamento entre veículos no Viaduto Leste, no Complexo da Lagoinha, em Belo Horizonte, ainda é investigada. No entanto, a hipótese de que a arma dele tenha disparado após a batida já está descartada. As informações são de fontes da própria Polícia Civil.

A princípio, as investigações apuraram que a arma de Alexandrino, que foi encontrada no chão do veículo, estava travada. No exame de corpo de delito, realizado no Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte apontada também não foi por disparo de arma de fogo.

Entre as hipóteses levantadas pela investigação, a principal é que o airbag do carro, que foi acionado após a batida, teria disparado fragmentos de aço no peito do investigador. O veículo ará por perícia.

O velório de Alexandrino acontece nesta terça-feira, às 15h, no cemitério Terra Santa, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em nota, a Polícia Civil informou que as circunstâncias do acidente ainda são investigadas.

Em nota enviada a imprensa, a Polícia Civil confirmou as informações e disse que ainda apura o caso. Confira a nota na íntegra:

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que foi instaurado processo investigativo para apurar as causas e circunstâncias da morte do investigador de polícia Alexandrino Guilherme Ferreira, ocorrida ontem, em Belo Horizonte, decorrente de acidente de trânsito.

A PCMG esclarece que, de acordo com levantamentos periciais preliminares, não foram encontrados vestígios de estilhaços de projétil de arma de fogo no local dos fatos e no corpo da vítima.

Dinâmica do acidente 492w2x

Imagens de câmeras que monitoram o trânsito na região mostram o exato momento do acidente, por volta das 15h de ontem. O trânsito estava parado e o carro em que Alexandrino estava, um Honda Civic descaracterizado, não para, acertando a traseira do veículo que estava a frente. O carro atingido ainda bateu em outro veículo, causando um engavetamento.

Os dois motoristas envolvidos contaram à Polícia Militar que, ao descerem para verificar se alguém teria ficado ferido, identificaram que o policial estava desacordado no interior do Honda Civic, que estava com as portas trancadas. 

Eles quebraram as janelas do carro para prestar socorro e viram que Alexandrino sangrava muito na altura do peito. O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acabou constatando a morte do policial ainda no local.

A suspeita de que a arma dele havia sido disparada foi levantada pelas próprias testemunhas, que contaram ter ouvido um estampido de tiro e encontraram a arma do agente presa na cintura.