INFLUÊNCIA

Astrologia e signos na geração Z: o que os astros dizem sobre eles

Planetas geracionais explicam porque jovens que cresceram com smartphones buscam nos mapas astrais ferramentas para autodescoberta


Publicado em 26 de maio de 2025 | 16:57

A astrologia tem conquistado cada vez mais espaço entre os jovens, especialmente na geração Z, que cresceu em meio à internet, redes sociais e mudanças sociais aceleradas. O que antes era um interesse de nicho tornou-se um fenômeno cultural. Nas plataformas digitais, como TikTok, Instagram e Twitter, o horóscopo virou meme, os mapas astrais se transformaram em arte visual e os trânsitos planetários aram a pautar emoções, decisões e reflexões.

Para essa geração, que valoriza a autodescoberta, a busca por significado e o bem-estar mental, a astrologia oferece mais do que previsões: funciona como uma linguagem para entender emoções, relacionamentos e identidade. Em tempos de incerteza econômica, instabilidade política e preocupações ambientais, os padrões cíclicos do céu trazem uma sensação de ordem. Termos como “Mercúrio retrógrado” e “retorno de Saturno” se popularizaram, servindo como explicações simbólicas para fases de confusão, desafios ou mudanças.

Planetas geracionais e comportamento coletivo

Entre os fatores que ajudam a entender a conexão da geração Z com a astrologia está a influência dos chamados planetas geracionais: Urano, Netuno e Plutão. Por se moverem lentamente, esses planetas permanecem vários anos em cada signo do zodíaco, influenciando coletivamente as gerações nascidas sob suas posições. Esses trânsitos não definem o comportamento individual, mas ajudam a moldar tendências culturais e sociais amplas.

Embora os trânsitos dos planetas indiquem áreas de influência, são os aspectos que eles formam entre si que sinalizam os acontecimentos mais relevantes. Quando um planeta lento retorna a um signo, é comum que temas associados à sua última agem ressurjam, frequentemente como uma oportunidade de revisão, encerramento ou transformação.

Essa dinâmica pode ser observada, por exemplo, em momentos históricos marcados por avanços sociais, como quando Urano transitou por Áries, sinalizando revoluções e inovações.

O que cada planeta representa

  • Urano leva 84 anos para dar uma volta completa no Sol, ficando cerca de 7 anos em cada signo. Está ligado a rupturas, inovações e progresso.
  • Netuno, com ciclo de 164 anos, permanece aproximadamente 14 anos por signo. Representa espiritualidade, sonhos, ilusões e o inconsciente coletivo.
  • Plutão possui o ciclo mais longo, de cerca de 248 anos, ando de 12 a 30 anos em cada signo. Sua influência está relacionada a transformações profundas, renascimentos e crises.

As gerações sentem essas influências de forma coletiva. A geração X, por exemplo, nasceu sob Urano em Libra, Netuno em Escorpião e Plutão em Virgem — uma combinação que coincidiu com mudanças nos relacionamentos, liberdade sexual, uso de drogas, misticismo e maior foco no trabalho e na saúde.

A geração Z e o céu atual

Atualmente, os trânsitos planetários refletem aspectos importantes da geração Z. Urano está em Touro, mexendo com valores, finanças e modos de trabalho. Netuno está em Peixes, intensificando a busca por espiritualidade, empatia e conexão emocional. Plutão, nos últimos graus de Capricórnio, aponta para o fim de ciclos conservadores e abre caminho para uma nova era.

Com a entrada de Plutão em Aquário, inicia-se um período marcado por avanços tecnológicos, maior valorização da coletividade e questionamentos sobre estruturas de poder. Netuno, que em breve ingressará em Áries, poderá trazer o surgimento de novas crenças, movimentos espirituais ousados e até confrontos por ideologias. Já Urano, quando entrar em Gêmeos, deverá influenciar novas formas de comunicação e aprendizado.

Para a geração Z, a astrologia oferece algo raro em tempos acelerados: um senso de continuidade. Saber que determinados eventos astrais vão se repetir ou que certos desafios fazem parte de um ciclo traz conforto. A geração se apega a isso não para prever o futuro com exatidão, mas para entender melhor a si mesma – e encontrar, no caos do mundo, alguma ordem entre as estrelas.