A família do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, pede que os participantes do velório do militar levem balões de cor branca. Os objetos vão ser soltos em homenagem ao policial, que morreu após ser baleado na cabeça, à queima-roupa, durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte da capital.
A cerimônia de despedida está prevista para as 13h desta terça-feira (9 de janeiro), no velório de número 7, no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte. O sepultamento está previsto para ocorrer às 17h.
O militar teve morte cerebral confirmada nesse domingo (7). Horas antes, a Polícia Militar (PM) já havia informado que o estado de saúde do sargento era “irreversível”.
A perseguição
O tiroteio aconteceu quando guarnições do 13º Batalhão perseguiam dois suspeitos na Avenida Risoleta Neves. Em dado momento, o motorista teria perdido o controle da direção e batido contra um poste. Após o acidente, os suspeitos desceram do carro e continuaram a fuga a pé.
Um deles foi alcançado por um sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e da ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.
Os suspeitos
A Justiça decidiu por manter presos os dois homens suspeitos de envolvimento na perseguição. O atirador de 25 anos e um comparsa dele, de 33, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia neste domingo (7).
No sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), O TEMPO encontrou algumas condenações do atirador. Em julho de 2023, ele foi preso após furtar o carro de uma pessoa no bairro Monsenhor Messias, na região Noroeste de BH.
Também foi possível encontrar outra condenação do suspeito que atirou no policial, desta vez por roubo a mão armada, em 7 de setembro de 2017, no bairro Cachoeirinha, também na região Noroeste de BH.
Na decisão, a justiça também ponderou que o suspeito já tinha três condenações, todas pelos crimes de roubo. No dia da prisão, ele estava em liberdade condicional, mas ainda cumprindo pena por um dos crimes ados. Ele também possui agens por receptação e tráfico de drogas.
A vítima
O sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, estava internado em estado “gravíssimo” no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. A morte encefálica foi confirmada por exames médicos na noite deste domingo (7). O militar já estava em estado “irreversível”, segundo a porta-voz da Polícia Militar (PM), major Layla Brunnela.