IMUNIZAÇÃO

Visando aumento da cobertura vacinal em BH, escolas municipais aplicam imunizantes contra a gripe

Taxa de imunização entre crianças é de 31% na capital mineira, entretanto, meta de cobertura estipulada pelo Ministério da Saúde é de 90%

Por Leticya Bernadete
Atualizado em 27 de maio de 2025 | 11:14

Com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal contra a gripe entre crianças, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deu início à aplicação de imunizantes nas escolas municipais. De acordo com o secretário de Saúde, Danilo Borges, a ação irá ar por 145 escolas municipais de Educação Infantil (EMEIs). O titular da pasta acompanhou a vacinação na EMEI Grajaú, na Regional Oeste, na manhã desta terça-feira (27 de maio).

De acordo com dados da PBH, a taxa de vacinação do público de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias) está em aproximadamente 31% na capital mineira. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é, entretanto, de 90%.

“Nesta escola, das cem crianças, metade ainda não se vacinou”, exemplifica Borges. “A estratégia de trazer a vacinação para as escolas vai nos ajudar a aumentar a cobertura nesse público de seis meses a seis anos que a gente ainda precisa melhorar.”

Como lembra o secretário, para além do público infantil, a istração municipal tem levado a vacinação contra a gripe para postos extras em Belo Horizonte, como shoppings, parques, estações de metrô, entre outros espaços de grande circulação de pessoas. Questionado se a capital mineira contaria com doses suficientes para imunização de toda a população, Borges garantiu que sim, complementando que o Ministério da Saúde não se negaria a enviar mais vacinas caso o município solicitasse remessas extras.

Outras doenças

Além da gripe, os alunos também poderão se vacinar contra a poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, varicela, febre amarela, meningite e covid-19, de acordo com a situação vacinal. Os profissionais das instituições de ensino que ainda não foram imunizados também poderão receber as doses nas escolas.

Para que as crianças possam ser vacinadas, é obrigatória a autorização dos pais, mães ou responsáveis legais, mediante de um termo previamente distribuído nas instituições.

Conforme o secretário de Saúde, Danilo Borges, a istração municipal tem encaminhado cartas com informações e orientações gerais para os pais para demonstrar que os imunizantes são seguros e a necessidade da vacinação.

“A gente ainda está vendo na cidade de Belo Horizonte muitas internações, de idosos, de crianças, e, às vezes, óbitos. Isso tudo é prevenível com a vacinação. É dessa forma que a gente vai trabalhando o convencimento daqueles que ainda encontram resistência para aderir e trazer os seus filhos para vacinar.”

A secretária de Educação, Natália Araújo, que também esteve presente na ação, reforçou a fala de Borges quanto à conscientização para imunização das crianças.

“Há 50 anos atrás, a gente não tinha tantas vacinas disponíveis, mas a ciência já demonstrava que elas eram seguras e necessárias. Hoje, a gente tem essa resistência, mas, devagarzinho, a gente vai mostrando que escola é lugar de proteção e de segurança. A escola não abriria as portas para uma campanha que tivesse algum perigo para as crianças”, diz.