Três homens foram presos, suspeitos de compartilhar e armazenar material de exploração sexual infantojuvenil, durante a operação “Flor de Maio”, realizada na manhã desta quinta-feira (15) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A ação ocorreu em Belo Horizonte e em municípios da região metropolitana. As equipes também apreenderam 45 dispositivos eletrônicos, como celulares e pendrives, que eram utilizados pelos suspeitos.

De acordo com o MPMG, foram duas prisões na capital e outra em Ribeirão das Neves — entre elas, um integrante da Guarda Municipal de Belo Horizonte. Um outro alvo, que reside em Contagem, não foi localizado. “Eles faziam a distribuição, o armazenamento e consumiam esse tipo de conteúdo. E o combate à exploração sexual infantojuvenil é uma das prioridades do Gaeciber (Grupo de Atuação Especial aos Crimes Cibernéticos). Esse tipo de investigação certamente terá continuidade, e o Ministério Público fará novas investidas para reprimir esse crime”, afirmou o coordenador do Gaeciber, André Salles.

A investigação teve início há mais de dois meses. Conforme Salles, os três homens presos possuem idades entre 38 e 55 anos. No momento da prisão, eles foram flagrados compartilhando e recebendo conteúdos de pornografia infantil. Ainda segundo o coordenador do Gaeciber, a investigação seguirá com o objetivo de verificar como o trio tinha o ao material. Salles não descarta “a possibilidade de estupro de vulnerável no momento da produção dos conteúdos” e a participação de outras pessoas.

Cuidados com crianças e adolescentes

Durante a coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, o capitão Rafael Veríssimo, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), orientou os pais e professores a fiscalizarem o conteúdo consumido por crianças e adolescentes. Segundo ele, é necessário que haja um diálogo aberto com os jovens sobre os riscos que o ambiente digital oferece.

“É essencial que pais e professores reforcem para as crianças e adolescentes não divulgarem informações pessoais, não compartilharem fotos íntimas e não aceitarem convites de pessoas estranhas na internet. Também é necessário que seja feita uma supervisão do tipo de conteúdo que é consumido nos ambientes familiar e escolar. E, por fim, observar se há alguma mudança comportamental que desperte suspeitas”, destacou.