Os advogados de defesa do caminhoneiro envolvido em um acidente na BR-116 que terminou com 39 mortos no final do ano ado vão prestar entrevista coletiva em Belo Horizonte nesta segunda-feira (10 de fevereiro). Um dos defensores do motorista saiu do Espírito Santo para apresentar aos jornalistas e ao Judiciário um laudo particular que desmente a Polícia Civil mineira sobre um suposto uso de drogas por parte do caminhoneiro

Raony Scheffer explicou à reportagem de O Tempo que o documento foi feito por um dos laboratórios mais respeitados do país. “Mandamos fazer a perícia, um laudo toxicológico em um dos laboratórios mais importantes e sérios do país. Deu negativo para todos os tipos de drogas. A janela temporal desse exame é de 180 dias. Então a Polícia Civil ou a informação errada para a imprensa e para a Justiça”, declarou. Esse laudo é a “bala de prata” da defesa para um novo habeas corpus que será apresentado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. 

 

Com base nesse novo documento, a defesa está confiante na soltura do motorista, que está preso em São Domingos do Norte, no Espírito Santo. 

Segundo a investigação da polícia mineira, o motorista estava sob efeitos álcool, ecstasy e cocaína no momento do acidente. Essa tese é refutada pela defesa, que alega que o cliente não é usuário de drogas. 

Outros pontos serão rebatidos pelos advogados, como, por exemplo, a perícia feita na cena do acidente. Scheffer afirma, por exemplo, “irregularidades” na rodovia. Ele pede, também, que se investigue o ônibus envolvido no acidente, veículo onde estavam todas as vítimas.