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Guilherme Frossard

Mineiro de BH, jornalista graduado pela PUC-MG, com uma década de experiência na cobertura do esporte mineiro, na TV e na Internet. Colunista e torcedor do Clube Atlético Mineiro - nessa ordem.

OPINIÃO

Faltam três jogos pro respiro e para a definição do que queremos de 2025

Galo tem a obrigação de vencer o Cienciano e, no Brasileiro, deve chegar à parada no meio de tabela - colocação que condiz com nosso elenco e nosso semestre

Por Guilherme Frossard
Publicado em 26 de maio de 2025 | 22:10

Cienciano, Ceará, Internacional. São os três desafios que restam ao Atlético antes da pausa do calendário pro Mundial de Clubes. Aos trancos e barrancos e muito longe do nosso ideal, vamos pra reta final da “missão sobrevivência”, pra depois entrar no intervalo que vai definir se o segundo semestre será de mais luta ou de alguma esperança. Infelizmente, aposto mais na primeira opção.

No início do ano, na Cidade do Galo, Victor Bagy (na condição de porta-voz dos chefes) disse que o investimento seria pra montar um time melhor que o de 2024, que chegou em duas finais. Não foi o que aconteceu. O primeiro semestre nem chegou ao fim, mas já deixou claro que o que temos não é suficiente, muito menos melhor do que tínhamos quando chegamos em duas finais.

Cuca tem seus erros, poderia e deveria ter feito o time jogar mais contra adversários inferiores, mas a verdade é que o nosso atual grupo de jogadores entrega aquilo que tem nível para entregar: classificações contra times inferiores (Maringá, por exemplo) e meio de tabela na Série A. Pra piorar, vivemos um cenário de muitas dificuldades físicas, com lesões, surto de gripe no elenco, etc.

Para dar um salto e virar real candidato aos títulos de copas (Brasileirão já não dá mais), vamos precisar de investimento, chegada de titulares (no plural) e, simultaneamente, manutenção de todos os principais jogadores da temporada. Infelizmente, a impressão que o clube a é que vem por aí algo oposto disso. Tomara que eu esteja errado.

Na quinta, obviamente, vencer o Cienciano é obrigação. Assim, seguiremos vivos na competição com menor nível técnico entre as três que disputamos - e, consequentemente, onde temos maior chance. Contra Ceará e Inter, quatro pontos seria um sonho - e nos manteria com a condição de brigar por G-6, G-7 ou G-8 no segundo semestre.

Esse, claro, é o cenário otimista, porque no pior dos mundos vão vender o Rubens, contratar mal, e vamos terminar a temporada brigando pra não cair, a exemplo do que foi o fim de 2024. Já seria trágico pra qualquer torcedor clube grande, e é ainda mais para aquele que ouviu, há pouco tempo, que seríamos “potência mundial”. Estamos muito, mas muito longe disso.

Saudações.